Mês: <span>Maio 2025</span>

Novo Pavilhão Desportivo de Vila Meã Será Inaugurado com Cerimónia Oficial

O novo Pavilhão Desportivo de Vila Meã, localizado junto ao Estádio Municipal, será oficialmente inaugurado no próximo sábado, 31 de maio, às 16h00. A cerimónia contará com a presença de representantes do Município de Amarante, que convida toda a população a participar e a conhecer de perto esta nova infraestrutura ao serviço da comunidade.

Com um investimento de aproximadamente 2,3 milhões de euros, o pavilhão foi projetado com dimensões regulamentares que permitem a prática de várias modalidades desportivas, entre as quais futsal, andebol, voleibol e basquetebol. A infraestrutura está preparada para receber competições oficiais, reforçando a oferta desportiva na região.

Entre os principais destaques do novo equipamento, salienta-se uma bancada com capacidade para 352 lugares sentados e uma sala dedicada a aulas de grupo, proporcionando condições modernas para atletas, clubes, associações e para o público em geral.

Esta inauguração representa mais um passo na aposta do Município de Amarante na promoção do desporto e na valorização das infraestruturas locais, contribuindo para o bem-estar da população e para a dinamização das freguesias do concelho.

Caminheiros da Associação Vimaranense encantados com o Vale do Odres

A Associação Vimaranense para a Ecologia promoveu, no passado domingo, uma caminhada pelo Vale do Odres que, segundo a organização, foi um verdadeiro sucesso, com os participantes a expressarem grande entusiasmo e apreço pela experiência vivida.

“A nossa caminhada pelo Trilho do Vale do Odres correu muito bem, apesar do calor que se fez sentir ao longo do dia. Participaram 33 pessoas, com idades compreendidas entre os 12 e os 79 anos, o que só mostra como estas iniciativas conseguem juntar diferentes gerações em torno da natureza e da descoberta.

Começámos a caminhar por volta das 9h45 e terminámos já perto das 16h00. Recebemos excelente feedback por parte dos participantes, sobretudo pela diversidade de pontos de interesse paisagístico e cultural que o percurso oferece. A segunda metade da caminhada foi particularmente tranquila, descendo ao longo dos campos junto às margens do rio Odres — um cenário verdadeiramente relaxante.

Fomos calorosamente recebidos pelo presidente da Junta de Freguesia de Travanca, o Sr. Fernando Cunha, que teve a amabilidade de nos abrir os claustros do mosteiro. Vários participantes mostraram curiosidade pela história recente do mosteiro e por episódios da vida de Agustina Bessa-Luís ligados à região, e o Sr. Fernando respondeu com entusiasmo e conhecimento, enriquecendo ainda mais a nossa experiência.

Aproveito para destacar e agradecer todo o apoio que nos foi dado pela Junta de Freguesia e pelos proprietários privados que autorizaram a nossa passagem nos seus terrenos — um gesto essencial para que estas caminhadas se possam realizar de forma segura e respeitosa.

Foi também com agradável surpresa que encontrámos o trilho dos passadiços e da levada na zona dos Moinhos em ótimas condições. É, sem dúvida, um local que merece ser visitado, tanto por quem cá vive como por quem nos visita.

Por fim, deixo um agradecimento especial ao Márcio (Trilhos & Caminhadas), que nos forneceu as indicações necessárias para que este passeio fosse possível. Foi, sem dúvida, um dia bem passado no Vale do Odres.”

Por Hélder, Associação Vimaranense para a Ecologia

Este é mais um exemplo de como o turismo de natureza deve merecer uma atenção cada vez maior por parte das autarquias locais. Tal como acontece noutras regiões, também Vila Meã, Mancelos e Travanca, em parceria com a Câmara Municipal de Amarante, têm aqui uma oportunidade concreta para promover e investir na criação de percursos pedestres que valorizem o território e atraiam visitantes.

Segundo Márcio Rodrigues, conterrâneo vilameanense e fundador de um dos maiores grupos de divulgação de percursos pedestres em Portugal — o Trilhos & Caminhadas — a região de Vila Meã possui um enorme potencial por explorar no que toca ao turismo de natureza e ao turismo itinerante. Em conversa recente, deixou algumas ideias e exemplos concretos:

“Poderíamos aproveitar a localização estratégica da estação de comboios de Vila Meã para implementar percursos pedestres com início nessa infraestrutura. Estamos integrados na rede de comboios urbanos do Porto, o que facilita a chegada de visitantes que preferem deslocar-se em transporte público. Além disso, junto à estação existem pelo menos dois restaurantes que facilmente poderiam servir os caminhantes que escolhessem almoçar por cá.”

Márcio acrescenta ainda que a partir da estação poderia ser delineada uma Grande Rota (GR), ligando os três monumentos românicos existentes nas três freguesias do território, reforçando a ligação entre o património natural e o património histórico-cultural.

Também as freguesias de Mancelos e Travanca reúnem, segundo ele, excelentes condições para a criação de pelo menos um percurso pedestre de pequena rota (PR) em cada uma. Caso os custos de homologação fossem um entrave à concretização destas ideias, poderia optar-se inicialmente por sinalética não homologada, à semelhança do projeto “Payvapé”, implementado no município de Castelo de Paiva.

Independentemente da abordagem, o mais importante — defende — é que na conceção, desenho e execução dos trilhos se envolvam as associações locais. Um bom exemplo disso é a Associação Vilameanense Movingland, que ao longo dos anos tem trazido à região inúmeros visitantes, muitas vezes de forma discreta, mas com grande impacto. É com este envolvimento das forças vivas locais e das juntas de freguesia que se podem criar percursos verdadeiramente atrativos e sustentáveis.

Márcio sublinha ainda que é essencial evitar os erros cometidos noutros pontos do país, onde trilhos foram criados apenas por criar, sem conteúdo ou atratividade real. O turismo de natureza é exigente e seletivo: procura trilhos com pontos de interesse apelativos — naturais, históricos ou culturais — e, sem isso, a médio e longo prazo, os projetos acabam por perder impacto e sustentabilidade.

No caso concreto de Travanca, há dois pontos que se destacam: o Mosteiro de Travanca, pela sua riqueza histórica, e a zona dos moinhos e da levada, que foi recentemente requalificada e se revelou um verdadeiro ex-líbris durante a caminhada organizada pela Associação Vimaranense para a Ecologia.

Termina a dizer que ainda há muito a fazer em Vila Meã e no Vale do Odres para que mais gente de fora descubra e se encante com a região.